FINAL FANTASY 1: O início de tudo

 

Para quem não acompanha meu canal na Twitch, estamos fazendo uma saga, às quartas e domingos, 18h que promete ser bem longa: zerar todos os Final Fantasys da saga principal (incluindo aí o Tactics e o 7 Remake) do 1 ao 16. É, esperamos terminar pelo menos até o Brasil ser hexa.

Mas o que eu queria falar realmente nesse post foi sobre o primeiro jogo que terminamos, que obviamente foi Final Fantasy 1. Aqui gostaria de observar que jogamos a versão “Pixel Remaster”, um bundle que fizeram do Final Fantasy 1 ao 6 que eu achei absolutamente fantástico: não só acrescentam mecânicas novas, como poder salvar em qualquer lugar, deixar o jogo um pouco mais fácil e obviamente mais bonito, todos também contam com tradução para o português, o que é absolutamente raríssimo em JRPGs, como infelizmente sabemos. Algumas dungeons, tesouros e monstros também foram atualizados. Eu não joguei o Final Fantasy antigo, então não tenho como comparar, mas imagino que deva ser MUITO mais difícil jogar o Final Fantasy original sem as mecânicas novas.

Mas falando sobre o jogo em si: ele é o primeiro (e, ao que parece, único) Final Fantasy que não tem protagonistas “com nome”. Você escolhe 4 classes e esses serão seus 4 protagonistas pelo resto do jogo. Só aí talvez já haja um problema, porque se a pessoa não tem noção do que cada classe faz e dos seus pontos fortes e fracos, a chance de ela acabar escolhendo um grupo mal equilibrado que vai ter muita dificuldade em finalizar o jogo vai ser muito grande.

Alguns grupos também exigem muito mais “farm”, algo que infelizmente é muito presente nos primeiros jogos da saga, o que é compreensível, porque assim eram todos os RPGs da época. Para os que não sabem, o “farm” consiste em matar vários monstros repetidamente para ganhar itens/dinheiro para poder comprar melhores equipamentos, etc. Ele é parecido com o “grind”, que consiste em fazer a mesma coisa, mas tem o objetivo apenas de aumentar os personagens de nível. No caso de Final Fantasy 1, o que são mais caros são as magias, e conforme elas vão aumentando de nível, o custo delas vai ficando absurdo (até porque você pode comprar até 3 por nível, e é difícil saber quais valem ou não valem a pena. Eu particularmente não acredito em magias do tipo “mata instantaneamente” porque sei que não vão funcionar em chefes). No entanto, felizmente não senti a necessidade de fazer “grind” em Final Fantasy 1 (talvez por que meu farm tenha acabado sendo meu grind, vai saber).

                                                        Tela de combate original


                                                Tela de combate do pixel remaster

Mas enfim, eu estava muito curioso pela história, que é pelo que Final Fantasy é famoso: normalmente suas histórias são um pouco “malucas” e difíceis de entender, pois são cheias de termos e explicações complicadas, mas esse jogo é bem simples. Cada personagem do grupo tem um cristal, e eles têm que restaurar a luz dos cristais para “salvar o mundo” graças a uma antiga profecia. Até aí tudo bem, clichê, mas novamente, estávamos na década de 80.

O problema está em quando isso realmente começa. No início, você meio que vai de cidade em cidade, sem saber exatamente o que está fazendo, encontrando personagens que não dão muitas dicas e estão com algum problema. Um príncipe está adormecido, uma bruxa perdeu o seu olho de cristal, Astos o rei dos elfos negros está aprontando por aí. Seu grupo fica parecendo a Carreta Furacão do continente, indo de lugar em lugar sem realmente fazer algo de útil. Acordar o príncipe, devolver o olho para a bruxa, destruir Astos, nada tem impacto real na história. São apenas um monte de coisas secundárias necessárias para desbloquear as áreas onde você realmente vai começar a primeira missão “principal” que é restaurar o cristal da terra.

Contudo, achei, como eu disse, tudo extremamente confuso. Se eu não estivesse jogando com um guia, eu não saberia o que fazer. Por exemplo, há uma nave enterrada no meio de um deserto que precisa de um item específico para fazer ela aparecer, e em nenhum momento o jogo dá uma dica sobre isso. Também em nenhum momento o jogo diz que há um lugar chamado “Casa dos Desafios” em que você tem que passar pelos desafios para ganhar um troféu para apresentar para Bahamut (que está escondido em um buraco no subsolo e nunca é mencionado por ninguém) para que ele possa melhorar as classes dos seus personagens. É tudo feito na base da “adivinhação”, assim como procurar pelas dungeons em que estão os cristais (que só podem ser acessadas também com a aeronave).


                                                                   Nave escondida no deserto

A partir daí, no entanto, as dungeons são bastante divertidas e desafiadoras, principalmente porque muitas te forçam a se machucar para passar por ela (como a dungeon de lava), e tem chefes fortes (mas nada que um grupo bem equipado e equilibrado não possa dar conta). Elas também são completamente lineares, sem os tradicionais puzzles que as dungeons dos Final Fantasys modernos costumam contar (muitas meio complicados de resolver).

E também estava curioso para ver: dos Final Fantasys que conheço (só joguei do 7 em diante) queria saber, das coisas que eles têm em comum (chocobos, moogles, etc) o que existia desde o 1. Basicamente apenas duas coisas: o dragão Bahamut, como já mencionei, e Cid, o mestre das naves, que parece estar presente em todos os Final Fantasys. Aqui ele não faz uma aparição, mas um NPC menciona que foi Cid quem construiu a aeronave que você encontra no deserto.  

No entanto, depois de restaurar os 4 cristais é que a doideira de Final Fantasy que eu sempre gostei começa, porque há um “ser” por trás dos 4 cristais. Sem querer dar spoilers, é aqui que Final Fantasy aplica a sua tradicional “doideira” envolvendo viagens no tempo e coisas difíceis de entender. Confesso que tive que procurar no google para entender o raciocínio do “loop temporal” que o jogo criou, mas eu gostei bastante. No entanto, acho que o jogo dá um “pulo” de dificuldade no último chefe. Ele é EXTREMAMENTE difícil comparado com qualquer chefe do último jogo. Até ali eu tinha passado por todos os chefes quase que brincando. Nesse chefe, foi a primeira vez que meu grupo inteiro morreu e só consegui matar ele na segunda tentativa.

Portanto, o que eu gostei mesmo foram as dungeons, as batalhas por turno, algumas referências que estão presentes desde o primeiro Final Fantasy (e que parecem se ligar com outros Final Fantasys como o 14), e os chefes. Acho um jogo bem legal para a época e fico feliz que ele tenha resultado na saga que se tornou, com cada jogo sendo basicamente um jogo diferente, mas mantendo alguns elementos/personagens em comum.

É interessante ver também como o primeiro Final Fantasy lembra muito mais Dungeons and Dragons do que os Final Fantasy atuais: ele não usa “mana” e sim “magias por dia”, ele tem os muitos monstros similares: Marilith, Mindflayers, Lich, Goblins, etc. Já no início do Final Fantasy 2 eu já estou reconhecendo mais os elementos que vejo nos Final Fantasys atuais (principalmente ao ter visto a galeria de artes com alguns inimigos clássicos de Final Fantasys, como o Malboro).

Portanto, foi um bom início de jornada, mas não é um jogo que eu recomendaria para iniciantes em RPGs, apenas para amantes da saga Final Fantasy e que querem ver a saga desde o início. E, claro, recomendo jogar com guia ou a chance de você ficar perdidinho infelizmente vai ser bem grande.

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