Assassin's Creed Origins - Review
Assassin’s Creed Origins iniciou uma revolução na saga
Assassin’s Creed: uma saga que até o momento se mantinha como um jogo de
ação/aventura agora virou um RPG de mundo aberto, o que, ao meu ver, foi uma
decisão acertada porque, sinceramente, eu não gosto de nenhum dos Assassin’s
Creed antigos com exceção do Revelations (não joguei o Unity e o Syndicate, mas
não conheço super fãs desses jogos. Pelo contrário, o Unity é muito mal
falado).
Assassin’s Creed Origins não só traz uma brisa nova para a
série, mas traz algo que os outros jogos, ao meu ver, não faziam: uma história
bem contada, com um protagonista carismático que é Bayek e sua esposa Aya, que
lutam para vingar a morte do filho. Uma história bem clichê, mas muito bem
contada, e o amor dos dois sendo testado pelo sentimento de dever de cada um, e
como cada um se sente em relação à morte do filho e tenta superar isso é
realmente de partir o coração, principalmente conforme o jogo vai se
aproximando do fim. Bayek é um excelente protagonista que sempre tem boas
respostas e momentos bem humorados, e é um homem com falhas e conflitos, ao
contrário do “invencível” Altair ou do “perfeito” Ezio, que me incomodavam um
pouco por parecerem não ter nenhum defeito ou conflitos internos (além dos
amorosos). Os personagens secundários e vilões também não decepcionam, com
muitos proporcionando ótimas lutas de boss (meu preferido foi a “arqueira” que
dispara flechas em você durante uma tempestade de areia e você tem que ir
descobrindo onde ela está de acordo com a direção de onde vem as flechas).
O nome Origins também não é à toa: o jogo mostra a origem da
“guilda dos assassinos”, mostrando de onde surgiu o símbolo, a tradição de
cortar o dedo anelar esquerdo, e os objetivos da organização, o que foi muito
interessante de observar, já que em boa parte do jogo você está simplesmente em
uma missão de “vingança” individual e aos poucos isso vai se transformando na
criação da guilda dos assassinos (aqui chamados de “Os Escondidos”).
O jogo também tem, ao meu ver, como ponto positivo, as
missões, que deixam de lado o stealth obrigatório insuportável que havia nos
jogos anteriores, onde você devia seguir alguém sem ser visto, entrar em um
lugar sem ser visto, e se fosse visto era instantaneamente game over. Aqui,
você simplesmente pode entrar numa fortaleza e cair na porrada com todo mundo
se assim desejar (e tiver habilidade pra isso!). Os inimigos também são muito
variados: vários tipos de soldados, crocodilos, hipopótamos, hienas, leões,
leopardos, cobras, corvos, etc, e até mesmo elefantes de guerra. O combate é
muito gostoso e flui muito bem, fazendo com que tudo seja muito fácil de
dominar, seja você gostando mais de ir no stealth, ir na porradaria, ou até
mesmo ser um arqueiro, com o jogo apresentando diversos tipos de arcos, cada um
com sua característica única. A sua águia, Senu, também é uma ótima adição para
esse jogo, pois com ela você pode identificar objetivos e, voando sobre um
forte, ela pode identificar onde estão todos os inimigos antes de você entrar
para que você não seja surpreendido por um inimigo ao virar uma curva e alerte
o forte inteiro.
As missões secundárias, no entanto, acabam sendo bem
repetitivas. Boa parte delas envolve resgatar alguém de algum forte ou
recuperar algum item. E quando você resgata alguém desse forte, tem que ir em
outro lugar recuperar esse item que perdeu. E ao chegar lá você encontra um
recado dizendo que o item na verdade está em todo lugar. Tudo para prolongar o
máximo possível as quests.
No entanto, o mundo aberto do jogo acaba, ao meu ver,
ficando grande DEMAIS. Inúmeros pontos de interrogações poluem o mapa, e a
maioria deles são coisas pequenas como “encontrar um tesouro”, “entrar em um
acampamento e matar um capitão e roubar um tesouro”, “matar um animal”, etc. E
são MUITOS, MUITOS, MUITOS pontos de interrogação. Apenas alguns são realmente
interessantes, e pelo menos eles encontraram uma maneira de separá-los dos
outros, pois esses brilham com uma luz dourada e tem a ver com quests/lore. O
mundo aberto é dividido em vários “submapas”, com alguns tendo VÁRIAS coisas
para ver (side quests, cidades, pontos importantes) e outros sendo
absolutamente vazios, com 3 ou 4 pontos de interrogação, ou até menos que isso,
fazendo com que a exploração se torne muitas vezes um martírio. Lá pela metade
do jogo eu reuni minha força de vontade para desistir dos pontos de
interrogação, apesar de adorar fazer 100% dos jogos que eu gosto.
As atividades secundárias também são outro ponto negativo,
até porque só existem duas, e ambas são ruins: uma arena de gladiadores, onde
você tem que lutar 3 lutas até lutar contra um chefe. Isso não pareceria tão
ruim se as recompensas não fossem tão medíocres e depois isso desbloqueasse as
“lutas de elite” que são lutas CONTRA OS MESMO CHEFES QUE VOCÊ ACABOU DE MATAR,
o que não faz o menor sentido. A outra atividade são as corridas de biga, que,
na minha opinião, foram muito malfeitas e difícil de controlar. Pesquisando na
internet, percebi que outros jogadores tiveram a mesma opinião.
O level cap (40) e a “skill tree” foram muito pequenos justamente
pela dimensão do jogo, ao meu ver, mas como foi a primeira tentativa de
transformar Assassin’s Creed em um RPG, é um erro talvez perdoável. É muito
fácil chegar no nível máximo e pegar todas as habilidades que você quer muito
rapidamente, fazendo com que o resto da xp que você adquire seja praticamente
inútil. Inclusive, muitas habilidades dão mais xp por realizar uma atividade, tornando-as inútil pegá-las durante o jogo também.
Portanto, sumarizando:
Pontos fortes:
Excelente combate, fluido e fácil de controlar.
Excelente história, protagonistas e personagens, tanto
secundários quanto vilões
Sem missões escrotas com stealth obrigatório, há muitas
missões de investigação, eliminação, etc.
Visual excelente, o que sempre foi um ponto forte da Ubisoft
A Águia Sinu foi uma excelente adição, principalmente para
quem gosta de uma abordagem mais stealth.
Performance impecável, o que vinha sendo um problema nos
jogos da Ubisoft.
Pontos fracos:
Mundo aberto chato
Side quests repetitivas, sempre com mesmos objetivos
Muita interrogação
Atividades secundárias desinteressantes.
No fim, considero Assassin’s Creed Origins um bom jogo (e
apenas isso, e isso não é algo ruim, obviamente) e que vale a pena ser jogado,
mas da maneira certa. Com certeza não vale a pena o 100% se você valoriza a sua
sanidade. Com certeza é melhor que qualquer um dos Assassin’s Creed anteriores
que joguei, principalmente por eu gostar de uma boa história e bons
personagens. Acredito que transformar Assassin’s Creed em um RPG foi um passo
na direção certa que só agora em 2024 eu fui experimentar. Ainda quero
experimentar Assassin’s Creed Odyssey, visto que sou fã de mitologia grega,
embora não esteja tão certo quanto o Valhalla (detesto joguinho viking).
E torço (sem muita fé) para que a Ubisoft aprenda com jogos
de mundo aberto bem feitos, como Elden Ring, Zelda, ou até mesmo abandone essa
noção de mundo aberto que, ao meu ver, pode não ser necessária para a franquia
Assassin’s Creed, podendo ser um ótimo jogo mais linear.
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